William Glasser

“A boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos pensem e se dediquem a promover um diálogo para promover a compreensão e o crescimento dos estudantes” (William Glasser)

O psiquiatra norte-americano William Glasser (1925-2013) propõe em seu livro Teoria da escolha (Editora Mercuryo, 2001) uma ideia otimista. A de que podemos fazer escolhas satisfatórias, por piores que sejam as circunstâncias, por mais desanimadora que seja a nossa situação profissional, afetiva, econômica etc.

No cotidiano escolar, a teoria da escolha pode ser motivadora para professores e alunos. No seu livro The quality school: managing students without coercion (1990), Glasser aplica os princípios de sua teoria à relação professor-aluno.

Uma de suas considerações é que a motivação para estudar não nasce de fora para dentro. A ameaça ou a sedução com promessas de uma recompensa são instrumentos ineficazes a médio e longo prazo. De muito pouco servirão as broncas ou as pressões. A escolha pelo estudo nasce de dentro para fora, é um movimento de liberdade pessoal.

O baixo aproveitamento escolar, a repetência, o desinteresse, a indisciplina, os baixos índices de qualidade, os relatos que todos temos com relação ao fracasso de boa parte do alunado brasileiro podem ser analisados à luz da Teoria da escolha, segundo a qual nenhum ser humano é totalmente desmotivado; ninguém, no fundo, deseja o seu próprio fracasso.

Os estudantes, como todo ser humano, estão motivados a satisfazer suas necessidades fundamentais. Todo estudante tem a necessidade fundamental de aprender. Todo mundo gosta de aprender.

De acordo com a teoria da escolha de Glasser o professor é um guia para o aluno e não um chefe.

Glasser explica que não se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria dos alunos simplesmente esquecem os conceitos após a aula. Em vez disso, o psiquiatra sugere que os alunos aprendem efetivamente na prática.

Além disso, Glasser também explica o grau de aprendizagem de acordo com a técnica utilizada.

Segundo a teoria nós aprendemos:

  • 10% quando lemos;
  • 20% quando ouvimos;
  • 30% quando observamos;
  • 50% quando vemos e ouvimos;
  • 70% quando discutimos com outros;
  • 80% quando fazemos;
  • 95% quando ensinamos aos outros.

A teoria de William Glasser vem amplamente sendo divulgada e aplicada pelos professores e pedagogos mundo afora, é uma das muitas teorias de educação existentes, e uma das mais interessantes, pois ela demonstra que ensinar, é aprender!

 

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