Sobre excelentes livros didáticos

O Programa Nacional do Livro Didático, definido por meio de decreto presidencial, poderá ser regulamentado por uma lei a ser aprovada pelo Congresso Nacional. A possibilidade foi apresentada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante audiência pública promovida pela Comissão de Educação do Senado para debater polêmicas envolvendo publicações do MEC, como o ensino na língua popular e supostas preferências pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas obras.

O fato é que as escolas da rede privada também precisam atentar na hora de escolher os livros didáticos. Para tal, seguem algumas dicas do Prof. Nelson Pascarelli Filho – Consultor Científico-Educacional. Conferencista. 18 livros publicados e adotados em nível nacional. Pós-Graduado em Microbiologia, Pedagogia Hospitalar, Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica. Bacharel em Filosofia e Psicologia. Licenciado em Pedagogia, Biologia, Ciências e Matemática.

“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde.” (André Maurois)

Excelentes livros didáticos:
  • Não dão um tom romântico para os fenômenos naturais e nem atribuem valores morais para vírus e bactérias;
  • Jamais contam a História através de heróis, mas analisam os contextos social, político e econômico que foram decisivos para uma mudança de mentalidade;
  • As ilustrações permitem que dignamente o leitor se veja no livro independente do grupo étnico que ele pertence;
  • O negro, o índio e a mulher não são representados em tom de inferioridade;
  • Não subestimam a inteligência da criança, dialogam com novas tecnologias e propõem situações-problema;
  • Sugerem livros, sites e filmes para o leitor saber mais;
  • São cautelosos em não distanciar discurso o acadêmico da realidade;
  • Mostram a pobreza como a pior chaga do capitalismo;
  • Incorporam as novas possibilidades de famílias rompendo com as heranças eurocêntricas e judaico-cristãs;
  • Contam a História da África com dados atuais sem cair nos velhos e equivocados jargões: continente selvagem e tribal;
  • Promovem a alteridade e colocam em xeque o etnocentrismo.
  • Viabilizam a educação significativa e se aperfeiçoam quando oferecem um canal de comunicação para pais, alunos e professores;
  • Discutem causas, consequências e soluções para as mazelas ambientais;
  • Refletem sobre a condição humana alicerçada no consumismo desenfreado;
  • Possuem equilíbrio entre fotos e desenhos;
  • Respeitam o direito autoral e citam fontes consultadas;
  • São bem encadernados e têm preço justo;
  • Ensinam Ciências através de sua História e incluem os descobrimentos e invenções dos cientistas negros;
  • Não omitem os genocídios praticados contra os povos nativos das Américas;
  • Apresentam para os alunos os diversos gêneros literários articulando Ciência, Tecnologia e Arte;
  • Denunciam com fatos os crimes cometidos contra a Humanidade;
  • Tratam de temas urgentes como a educação para o trânsito e a prevenção da obesidade;
  • Excelentes livros didáticos, nas mãos de docentes compromissados com a Educação, formam a consciência ética no educando, pois sem atingir este objetivo de nada valeu eles serem editados e adotados.
Para Saber Mais

Livro: Ideologia no Livro Didático. Ana Lucia Goulart de Faria. Cortez. 1996.

Filme: Fahrenheit 451. Truffaut. Inglaterra. 1966.


Prof. Nelson Pascarelli Filho

Consultor Científico-Educacional. Conferencista. Escritor da FTD e Publit. 18 livros didáticos publicados e adotados em nível nacional.Pós-Graduado em Microbiologia, Pedagogia Hospitalar, Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica. Bacharel em Filosofia e Psicologia. Licenciado em Pedagogia, Biologia, Ciências e Matemática.

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