Paulo Freire
“Ninguém sabe tudo, ninguém ignora tudo! Todos sabemos alguma coisa; todos ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre”.
Paulo Hegallus Neves Freire (1921-1997) antes de qualquer denominação, foi um ser humano como poucos, tinha o desejo de ajudar as pessoas sem sentir pena delas, pois achava que era um direito de todo homem e de toda mulher, criança, jovem, adulto ou idoso, saber ler e escrever, ter o conhecimento das coisas e utilizar a educação como um exercício de liberdade. O método utilizado pelo educador nega a mera repetição alienada e alienante de frases, palavras e sílabas ao propor aos alfabetizandos “ler o mundo” e “ler a palavra”, leituras, aliás, como enfatiza Freire, indissociáveis. Daí ter vindo se posicionando contra as cartilhas.
Paulo Freire esteve no exílio por quase dezesseis anos, exatamente porque compreendeu a educação desta maneira e, lutou para que um grande número de brasileiros e brasileiras tivesse acesso a esse bem a eles negado secularmente: o ato de ler a palavra lendo o mundo.
“Seu” trabalho foi profícuo “mudando a cara da escola”, Reformou as escolas entregando-as às comunidades locais dotadas de todas as condições para o pleno exercício das atividades pedagógicas. Reformulou o currículo escolar para adequá-lo também às crianças das classes populares e procurou capacitar melhor o professorado em regime de formação permanente.
Não esqueceu de incluir o pessoal instrumental da escola como agente educativo formando-o para desempenhar adequadamente tal tarefa. Eram os vigias, as merendeiras, as faxineiras, os (as) secretários (as) que, ao lado de diretores (as) , professores (as), alunos (as), e pais de alunos, faziam do ato de educar um ato de conhecimento, elaborado em cooperação a partir das necessidades socialmente sentidas. A obra de Paulo Freire está orientada para a emancipação da pessoa humana, para a liberdade dos povos e à justiça social entre os homens, para a democracia autêntica como soberania popular e para a paz entre os cidadãos, num clima de humanização e de conscientização.
A eficácia e validade do Método de Freire consistem em partir da realidade do alfabetizando, do que ele já conhece, do valor pragmático das coisas e fatos de sua vida cotidiana, de suas situações existenciais. Respeitando o senso comum e dele partindo, Freire propõe a sua superação. O “Método” obedece às normas metodológicas e lingüísticas, mas vai além delas, porque desafia o homem e a mulher que se alfabetizam a se apropriarem do código escrito e a se politizarem, tendo uma visão de totalidade da linguagem e do mundo.
P rofessor, mestre, exímio Educador
A lfabetizando crianças, adultos e oprimidos
U m defensor do sempre amor
Livros e mais livros vendidos
O ser de mente límpida, um sedutor….
Fazendo da escola um ambiente igualitário
Reinando em nosso meio como uma luz
Entrando em nosso trabalho…..Sem comentário!
Indo e vindo livremente
Rindo, brincando de educar
Eterno, imortal, aqui sempre estarás presente
Autoria: Paty Fonte
O melhor da obra de Paulo Freire digitalizado e disponível para download gratuito: http://www.paulofreire.ufpb.br/
Para saber mais recomendamos:
- PAIVA, Vanilda Pereira. Paulo freire e o Nacionalismo-Desenvolvimentista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980
- PAULO, Freire. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez, 1995.
- Cunha; OLIVEIRA, Miguel Darcy de; BARRETO, José Carlos; GIFFONI, Vera Lúcia. O Processo Educativo Segundo Paulo Freire e Pichon Rivière. Rio de Janeiro: Vozes, 1987.