Os recifes de corais

A cada quatro espécies marinhas, uma vive nos recifes!

Os corais surgiram há 500 milhões de anos entre o início do Cambriano e meio do Siluriano e Devoniano (570-400 milhões de anos).
Nestes três períodos surgiu uma grande expansão mundial dos corais e das grandes plataformas carbonatadas.
Foi no Paleozóico que os corais atingiram o seu máximo desenvolvimento.
Há cerca de 360 milhões de anos os recifes de corais foram reduzidos até praticamente à extinção por causa da colisão entre o continente Gonduana e a Euramérica, que modificou radicalmente a direção das correntes marinhas e a temperatura do planeta.
No período Mesozoico – 260 milhões de anos atrás – dá-se um novo surgimento de corais.
Os recifes do oceano Atlântico são geologicamente recentes, eles datam da última era glacial – 10-15 mil anos.
Os corais são encontrados em mais de cem países e cobrem cerca de duzentos noventa e quilômetros quadrados de extensão em águas profundas.
Na região do Indo Pacifico está a maior parte – 91,9% – e os recifes do Oceano Atlântico e do Mar do Caribe com 7,6% do total.
Os recifes de corais ocorrem principalmente em regiões tropicais e subtropicais onde as águas são quentes, claras e rasas.

Os corais são pequenos animais aquáticos e bioconstrutores que vivem em colônias. As algas fornecem alimento aos corais com a fotossíntese e os corais dão abrigo às algas, numa eficiente simbiose.
Durante o ciclo vital os corais secretam ao seu redor um esqueleto de carbonato de cálcio, substância extraída da água marinha, quando eles morrem, outras colônias desenvolvem-se sobre essa estrutura dura.
Os recifes de corais regulam o clima do planeta; absorvem os resíduos e purificam a água dos oceanos; controlam o equilíbrio das populações de milhares de espécies e mantêm a diversidade genética marinha.
A cada quatro espécies marinhas, uma vive nos recifes; 65% dos peixes, mais de 10.000 moluscos e uma imensa quantidade de algas e crustáceos habitam e se reproduzem em torno das estruturas dos recifes de corais.
Se existissem reis habitando os oceanos, os recifes de corais seriam seus majestosos e acolhedores palácios e castelos.
Os Corais movimentam 36 bilhões de dólares por ano com o turismo no mundo. Milhões de pessoas viajam todos os anos para os litorais para ver os verdadeiros oásis da vida marinha.
A contaminação terrestre, a pesca predatória, a poluição marinha, a destruição física de recifes devido ao tráfego marítimo de barcos e o aquecimento global são as maiores ameaças para os recifes de corais.
Diversos corais tropicais ficaram branqueados ou morreram nos anos de 1998, 2004, 2010, 2016 e 2019 por causa do fenômeno meteorológico El Niño que aumenta a temperatura na superfície do mar bem acima do normal.
Segundo The Nature Conservancy, 70% dos recifes do mundo terão desaparecido dentro de 50 anos se a destruição dos recifes continuar no ritmo atual.

Implementar áreas protegidas pela Marinha; promover a sustentabilidade para a indústria de comércio de peixes; educar consumidores, colecionadores e revendedores sobre as consequências do impacto que causam – são práticas que promovem a conservação ambiental marinha.


AUTORES:

Nelson Pascarelli Filho: Consultor Científico Educacional, palestrante e escritor; coordenador do Projeto Jovens Pesquisadores.

Ana Paula Silva Brandão:Estudante secundarista do ensino técnico paulistano; participante do Projeto Jovens Pesquisadores.

 

 

 

Para saber mais:
Livros
Biologia Marinha
Renato Crespo Pereira, Abilio Soares-Gomes. Rio de Janeiro. Interciência, 2009.

Ecologia
Eugene P. Odum. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1998.

Educando para Preservação da Vida
Nelson Pascarelli Filho. Rio de Janeiro: Wak, 2011.

 


Sobre o Projeto Jovens Pesquisadores:

Desde o ano de 2001 Nelson Pascarelli Filho, professor e escritor, identifica e realiza projetos com alunos portadores de altas habilidades e super dotação. Com o objetivo de motivá-los, temas científicos nas áreas de Meio Ambiente e História da Ciência são propostos para gerar artigos, palestras, cursos e livros.

Os alunos da rede pública do município de São Paulo também são indicados pelo Prof. Pascarelli a participar do ISMART, os discentes aprovados seguirão seus estudos nos melhores colégios e universidades Brasileiras e estrangeiras.

O Projeto Jovens Pesquisadores tem imensa relevância sócio educacional por dar visibilidade e eliciar a produtividade acadêmica dos jovens brasileiros com altas habilidades.

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