O amor como ato pedagógico
A escola deve ser um espaço sagrado, no qual a convivência seja prazerosa. É o sonho e a realidade que se misturam na nobre missão de construir uma sociedade iluminada. A revolução da Educação é a revolução da humanidade. Colheita de uma semeadura corajosa e competente. Luz que poderá fazer germinar uma geração sem preconceitos e discriminações; com menos violência e apatia. A revelação do melhor, a essência do bem, o encontro da felicidade (CHALITA, 2003, p. 01).
– É na sala de aula que ocorre o momento crucial da educação escolar, e encontro de duas vidas, ambas buscando crescer e alcançar a plenitude, a comunhão aluno-professor. Um componente importante para o desenvolvimento do trabalho pedagógico é a interação professor-aluno. O relacionamento entre estes dois elementos constitui a chave do processo ensino aprendizagem. O contato entre mestres e alunos, a demonstração de afetividade, de atenção e interesse e desempenho de suas tarefas. O aluno e o professor assumem, na sala de aula, posições distintas de cuja interação resultam a aprendizagem e a educação.
– A diferente forma de relacionamento que o professor adota com o aluno pode ser considerada como mediações históricas. Elas estão diretamente relacionadas com a concepção de homem, de sociedade, de aprendizagem, de conhecimento, etc. De acordo com a fundamentação teórica que o professor adota em sua prática educativa ele revela um tipo de relacionamento com o aluno ou se tornando o centro do processo educativo ou dando ao aluno em se constituir em sujeito desde processo ou ainda, se ambos constituindo em agentes educativos.
– O professor deve conviver com os alunos, observando seus comportamentos, conversando com eles perguntando, sendo interrogado por eles e realizar também com eles, suas experiências, para que possa auxiliar sua aprendizagem e desenvolvimento. É ainda, da responsabilidade do professor oferecer orientações adequadas para que os objetivos sejam manipulados pelos alunos e para que encontrem, por si, as soluções dos problemas.
– Reconhecer que os alunos hoje possuem um outro padrão de aprendizado é um caminho para o professor. De acordo com Pierre Bertaux, em seu livro A Educação do Futuro, o aluno contemporâneo apresenta um aumento visível da sensibilidade visual e audiovisual, no entanto há uma considerável regressão da sensibilidade auditiva pura; é mais rápido na aprendizagem e na manipulação e interpretação de sinais e símbolos, entretanto possui importante dificuldade de concentrar-se por mais de dois ou três minutos seguidos sobre o mesmo tema, bem como de decorar e reter textos de certa extensão.
– Procura-se atualmente resgatar a dimensão humana do trabalho pedagógico evidenciando o relacionamento do professor com aluno, mas ao lado do papel técnico de ensinar, ou seja, o “como se relacionar com o aluno” está incluindo o papel político desse relacionamento e de mobilizar, de acionar a participação efetiva no processo de mudança da realidade.
– Ao promover situações em que se reflita sobre as regras e contra-regras, ordens e contra-ordens, conflitos, oposições, valores a escola estará preparando o aluno para lidar com a diversidade, para aceitar o outro e sua opinião, experienciando o erro, o fracasso, as perdas, desenvolvendo a sua maturidade emocional, contribuindo, pois, para a formação da sua identidade.
– Ao realizar seus planejamentos, o professor que atua com uma postura de educador, antes de organizá-los considera as vivências, os conhecimentos e as informações que o aluno carrega e a sua forma de ver e de viver no mundo moderno, para optar por uma forma metodológica que auxilie a transpor os conteúdos sistematizados, científicos e promover uma aprendizagem significativa.
Cury (2003) coloca a afetividade como fator primeiro a ser conquistado. Se as escolas estão vivendo um verdadeiro caos, atribua-se a isso a falta de amor, sensibilidade e empatia. Não basta deter-se, somente, em métodos de ensino respeitáveis, é preciso ir muito além disso…
Referências bibliográficas:
- CHALITA, G. B. I. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001.
- CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. 9. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.