Diário de bordo
Ferramenta de registros para alunos e professores
Devido a falta de registro muitos trabalhos pedagógicos, reflexões e comentários se perdem.
Eu sempre acreditei no planejamento realizado como um diário, muitas vezes comparo meu estilo de planejar com as agendas que foram moda nos anos 80. Quem viveu a adolescência nesta época sabe que as meninas registravam tudo em suas agendas: colavam bilhete de cinema, embalagem de chocolate, escreviam seus sonhos, desejos, medos, pediam às amigas para deixar recados, colavam fotografias, recortes de revistas e tudo mais de significativo.
O diário de bordo escolar é como uma agenda de registros que descreve sobre erros e acertos, reflete sobre problemas e possíveis soluções. Nele anotamos os obstáculos e dificuldades, mas também as superações, as tempestades de ideias, momentos engraçados, falas curiosas, observações pertinentes.
Criar o hábito de registrar facilita o pensar sobre a prática (para os professores) e o compreender as áreas de estudo (para os alunos). É um refletir sobre o processo ensino-aprendizagem para ambos.
Particularmente gosto do registro escrito aliado aos significados (como as famosas agendas de adolescentes dos anos 80).
O diário de bordo do professor facilita a elaboração do portfólio e dos relatórios de avaliação dos alunos, além de ser um documento essencial para comprovar os rumos de suas aulas às famílias e a coordenação.
Não se registra no diário somente o que foi bem sucedido, mas também os erros, fracassos, imprevistos e falhas. E isso é transformador! Precisamos encarar o erro como “pontes” para o aprendizado.
Registrando no diário sobre cada aluno passamos a olhar com singularidade, com a percepção da individualidade, das peculiaridades de cada indivíduo. Nossos alunos são seres humanos diferentes e como tal aprendem de maneiras diversas, têm necessidades diversas e tantas vezes os olhamos como turma, padronizando-os.
Segundo Alves (2001, p. 224): “O diário pode ser considerado como um registro de experiências pessoais e observações passadas, em que sujeito que escreve inclui interpretações, opiniões, sentimentos e pensamentos, sob uma forma espontânea de escrita, com a intenção usual de falar de si mesmo”.
Já Zabalza (1994) lembra que o principal sentido do diário é a possibilidade dele se converter em espaço narrativo do pensamento do professor. Indica que o fato de escrever sobre a sua prática leva o professor a aprender sobre a sua narração. Ao narrar sobre o que se passou recentemente, o professor se reconstrói linguisticamente e também em nível do discurso prático e da atividade profissional. Para ele, a reflexão é uma dimensão inerente à escrita dos diários uma vez que ao escrever o professor-escritor se afasta um pouco do professor-praticante, o que permitiria ver-se a si mesmo sob uma outra ótica.
Que tal adotar a prática em sua escola? Quer saber mais? Capacitar os professores?
Ofereça um workshop à sua equipe docente!
Como funciona?
Duração: até 3 horas
Bônus: Modelo exclusivo de diário de bordo para download.
Mentora: Profª Paty Fonte – Consultora e conferencista educacional. Especialista em Educação Infantil e Pedagogia de Projetos. Escritora, autora dos livros: Projetos Pedagógicos Dinâmicos; Pedagogia de projetos: ano letivo sem mesmice; Competências Socioemocionais na escola, todos publicados pela WAK Editora.
Agende sua data com antecedência! Para saber mais entre em contato:
E-mail: patyfonte@ppd.net.br
WhatsApp: (21) 98652-7021
Referências:
ALVES, F. C. Diário – um contributo para o desenvolvimento profissional dos professores e estudo dos seus dilemas. Instituto politécnico de Viseu.
ZABALZA, M. A. Diários de aula. Contributo para o estudo dos dilemas práticos dos professores. Porto: Porto Editora, 1994.