Olha a água!
Como uma linguagem de expressão a música faz parte da formação global da criança e não pode ficar restrita a momentos de recreação ou a festejos comemorativos. A música é grande parceira e colaboradora no desenvolvimento dos processos de aquisição do conhecimento, sensibilidade, criatividade, sociabilidade e gosto artístico.
É papel da Escola oportunizar à criança situações para que ela aplique sua curiosidade espontânea.
Os alunos recebem informações válidas a respeito dos objetos e acontecimentos na medida em que agem sobre estes, tocando-os, olhando-os, ouvindo-os e pensando a seu respeito. Assim, assimilam essas ações e nesse processo desenvolvem conceitos, habilidades e competências.
O desenvolvimento cognitivo surge das atividades de interação da criança: ao ouvir, falar, brincar, cantar, tocar, etc. com o objeto do conhecimento.
Sendo a Escola a instituição responsável pela formação cultural da criança, cabe a ela proporcionar atividades que ampliem as possibilidades de interação para uma construção do conhecimento de forma eficaz.
Partindo da música “Água” – composta por Marcelo Serralva – várias atividades podem ser realizadas, desencadeando uma série de experiências, dentre elas sugerimos:
1- Sondando conhecimentos prévios e listando as dúvidas provisórias:
Conversando sobre a música, estimule perguntando:
- Onde tem água?
- Quem mora na água?
- Para que precisamos de água?
- Como a água chega até nós?
Combine com a classe de pesquisar a respeito e para que as pesquisas sejam interessantes vale tudo: outras músicas, filmes, livros, gibis, etc. Registre as principais falas dos alunos e as descobertas em cartazes e murais.
2- Vamos experimentar a água?
Utilizar materiais variados, como: copos transparentes, água potável, pó para suco e colheres. Instigar as crianças para que provem a água pura, depois modificá-la com o pó, podendo misturar sabores.
Para variar a atividade provar água com sal, açúcar, café, etc. Colocar muito, pouco, sempre levando ao questionamento:
- Qual gosto da água? Por que?
- O que acontece ao misturarmos o sal? E o açúcar?
- Como vocês gostam mais?
- Podemos sentir o cheiro da água?
Existe água nos alimentos? Quais? Vamos pesquisar e experimentar?
Organizar um lanche coletivo com frutas e sucos variados oportunizando a degustação de diferentes sabores.
3- Brincar sem desperdiçar
Como encher um balde? Lançar a proposta às crianças de utilizarem diferentes embalagens para encher o balde, sem ajuda ou interferência do adulto. Para tanto, devem ser selecionadas embalagens de diferentes materiais, tamanhos e formas, buchas, esponjas, tampas, pratos.
Sempre levando ao questionamento:
- Qual o melhor pote a escolher?
- Será melhor pegar o grande, que cabe mais, ou o pequeno, onde cabe menos, e volto mais rápido?
- Em qual bacia devo colocar a água?
Pode-se usar potes com furos, coadores e observar a reação da criança até que ela descubra o que fazer.
Ao término das experiências esvaziar o balde e as bacias jogando a água nas plantas e/ou jardim, conversando sobre o desperdício e a importância da água na vida dos seres vivos.
* Música gentilmente cedida por Marcelo Serralva, mais conhecido como” Tio Marcelo”: Educador, músico, compositor e ilustrador.
Paty Fonte (Patricia Lopes da Fonte)
Educadora especialista em pedagogia de projetos, escritora, autora dos livros “Projetos Pedagógicos Dinâmicos: a paixão de educar e o desafio de inovar” ; “Pedagogia de Projetos – Ano letivo sem mesmice” e “Competências Socioemocionais na Escola”- todos publicados pela editora WAK; autora e tutora de cursos presenciais e on-line de educação continuada a docentes, coach, palestrante.
Idealizadora e diretora do site: www.ppd.net.br
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