Jogos e brincadeiras com bebês

Brincar é muito importante para a criança. Através da brincadeira elas aprendem e se desenvolvem muito. Os jogos originam sorrisos, cócegas, alegria entre adultos e bebês, aumentando a cumplicidade e compreensão.

Para se desenvolver de forma harmoniosa nos planos sensorial, psicológico e motor, a criança tem necessidade de brincar. Daí a importância da escolha dos brinquedos que devem ser adaptados à fase de desenvolvimento em que o bebê se encontra.

Um bom brinquedo deve reunir as seguintes características:
  • Ter em conta o seu destinatário e ser adequado aos seus gostos, grau e perfil de desenvolvimento, por exemplo: uma criança agitada tem necessidades de desenvolvimento diferentes de uma criança calma; uma criança que tem pouco contato com outras tem necessidades de desenvolvimento diferentes de uma criança com uma vida social mais ativa.
  • Não deve fazer tudo no lugar da criança nem substituir-se a ela; deve fomentar a criatividade, ou seja, dar à criança todo o espaço para agir, conceber e imaginar a partir do objeto;
  • Ser versátil, isto é, evoluir e oferecer vários modos de ação, consoante o estado de espírito da criança e a evolução do seu desenvolvimento;
  • Ser sólido, resistente e especialmente seguro.

Finalmente, o melhor brinquedo é aquele em que os pais/responsáveis e/ou educadores dedicaram seu tempo e amor para interagir com o bebê, por isso, fabricar os brinquedos e criar novas brincadeiras pode ser uma opção melhor do que comprar.

Dicas de brinquedos e jogos para bebês

Luva com sininhos

Adquira uma luva de malha ou lã e pregue em cada dedo pequenos sinos. Se preferir enfeite cada dedo com uma carinha que poderá ser pintada ou bordada. Se quiser aplique pedacinhos de lã para imitar cabelos. Com essa luva você pode iniciar as aulas saudando as crianças do berçário como se cada dedo tivesse um nome.
É possível colar outros materiais nas bordas da luva: arroz, castanhas, etc. variando a sonoridade.
Existem músicas infantis que expressam o movimento com as mãos e podem enriquecer a proposta.

Piscina para bebês

Para cada grupo de crianças é bom que se tenha aproximadamente duas piscinas de borracha ou plástico. Você pode enchê-las com balões, jornais (você vai ver que logo elas irão rasgá-los entusiasmadamente). O algodão presta-se também para encher a piscina. Folhas de papel manteiga fazem ruídos maravilhosos quando são amarrotados. Outros materiais podem enchê-las: folhas secas, palha, etc.

Atente para a diversidade de texturas desde que não machuque as crianças.

No verão as piscinas podem ficar ar livre e cheias com um pouquinho d’água. Então ponha dentro dela copos de iogurte limpos e vazios, colheres de plástico, forminhas (daquelas de brincar na areia) e vasilhas. Deixe as crianças brincarem e experimentarem os materiais.

O grande baile

Leve as crianças para uma sala que tenha um ou vários espelhos grandes para que todas consigam se ver ao mesmo tempo. Deixe fantasias e tecidos à disposição delas. Comece a atividade avisando que vai haver um grande baile e, por isso, elas precisam colocar uma roupa especial. Quando a turma estiver pronta, coloque músicas animadas e comece o baile. Oportunize que as crianças dancem livremente, conduza a atividade sugerindo que façam caretas em frente do espelho, dobrem os joelhos, levantem os braços, expressem tristeza, balancem a cabeça e movimentem os tecidos que seguram.

Arte com mingau

Em uma panela, dissolva uma colher de sopa de maisena para cada copo de água. A quantidade é de acordo com o número de crianças ou o tamanho do espaço onde a atividade será realizada. Coloque pitadas de corante até a mistura ficar com a cor que você deseja. Leve-a ao fogo e mexa até que se transforme em um mingau. Deixe esfriar. Avise os pais para mandarem roupas velhas no dia da brincadeira. Espalhe a mistura no chão da sala onde as crianças vão brincar. Deixe-as andar, engatinhar e rolar sobre o mingau, interagindo com o espaço. Atenção para que todos se divirtam e ninguém se machuque. Incentive as várias possibilidades de movimento.

E ainda…
  • Realizar, na hora do banho, massagens, estimulação das palmas das mãos e dos pés, movimentos na água junto com a criança;
  • Favorecer o desenvolvimento oral e corporal por meio da música, juntamente com as atividades de higiene, trocas, alimentação, etc.;
  • Proporcionar brincadeiras de roda esconde/esconde e outras para permitir o desenvolvimento da oralidade; da espontaneidade e da socialização da criança;
  • Organizar o ambiente para possibilitar a exploração livre por parte dos bebês, com objetos coloridos, sonoros e seguros;
  • Disponibilizar caixas, panos, fantoches, argolas, bambolês, cubos etc., para favorecer diversas interações que a criança possa estabelecer;
  • Embalar, ninar, tocar, massagear e acalentar os bebês que desejem ou necessitem desses cuidados para dormir.

 

 

A brincadeira possibilita a criatividade, o desenvolvimento, o raciocínio lógico, a participação, a alegria e a descontração na construção espontânea do conhecimento. No brincar as crianças exploram, perguntam e refletem sobre a realidade na qual vivem desenvolvendo-se psicologicamente e socialmente.


Paty Fonte (Patricia Lopes da Fonte)

Educadora especialista em pedagogia de projetos, escritora, autora dos livros “Projetos Pedagógicos Dinâmicos: a paixão de educar e o desafio de inovar” e “Pedagogia de Projetos – Ano letivo sem mesmice”, ambos publicados pela editora WAK; autora e tutora de cursos presenciais e on-line de educação continuada a docentes, coach, palestrante.

Idealizadora e diretora dos sites: www.projetospedagogicosdinamicos.com e www.cursosppd.com.br

Contatos: www.patyfonte.com.br | www.facebook.com/pedagogiadeprojetos/

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *