Educação Ambiental

Propõe-se que a Educação Ambiental seja um processo de formação dinâmico, permanente e participativo, onde as pessoas envolvidas passem a ser agentes transformadores, participando ativamente tanto do diagnóstico dos problemas quanto da busca de alternativas e da implementação de soluções.

De acordo com a Conferência de Tbilise, as principais características da Educação Ambiental são (baseado no documento “Educação Ambiental” da Coordenação Ambiental do Ministério de Educação e Cultura):

1. Processo dinâmico interativo

É um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os torna aptos a agir, individual e coletivamente, e resolver problemas ambientais.

2.Transformadora

Possibilita a aquisição de conhecimentos e habilidades capazes de induzir mudanças de atitudes. Objetiva a construção de uma nova visão das relações do ser humano com o seu meio e a adoção de novas posturas individuais e coletivas em relação ao ambiente. A consolidação de novos valores, conhecimentos, competências, habilidades e atitudes refletirá na implantação de uma nova ordem desenvolvimento sustentável.

3. Participativa

Atua na sensibilização e na conscientização do cidadão, estimulando-o a participar dos processos coletivos.

4. Abrangente

Extrapola as atividades internas da escola tradicional, deve ser oferecida continuamente em todas as fases do ensino formal, envolvendo a família e toda a coletividade. A eficácia virá na medida em que sua abrangência vai atingindo a totalidade dos grupos sociais.

5. Globalizadora

Considera o ambiente em seus múltiplos aspectos : natural, tecnológico, social, econômico, político, histórico, cultural, técnico, moral, ético e estético. Deve atuar com visão ampla de alcance local, regional e global.

6. Permanente

Tem um caráter permanente, pois a evolução do senso crítico e a compreensão da complexidade dos aspectos que envolvem as questões ambientais se dão de um modo crescente e contínuo, não se justificando sua interrupção. Despertada a consciência, ganha-se um aliado para a melhoria das condições de vida do planeta.

7. Contextualizadora

Atua diretamente na realidade de cada comunidade, sem perder de vista a sua dimensão planetária (“Aja localmente, pense globalmente” ).
Alem destas sete características definidas pela Conferência de Tbilise, existe uma oitava, mais recente, que envolve a necessidade de trabalhar a Educação Ambiental como um tema transversal dentro da escola. A questão da Educação Ambiental como tema transversal (incluída como um tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais) passou a ser elemento quase que obrigatório em todas as discussões, mesas redondas e análises recentes envolvendo Educação Ambiental no Brasil.

8. Transversal

Propõe-se que as questões ambientais não sejam tratadas em uma disciplina específica mas sim que permeie os conteúdos, objetivos orientações didáticas em todas as disciplinas, no período de escolaridade obrigatória.

Ainda de acordo com a Conferência de Tbilise, os princípios que devem nortear programas e projetos de trabalho em Educação Ambiental são (baseado no documento Educação Ambiental da Coordenação Ambiental do Ministério de Educação e Cultura) :

  • Considerar o ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e artificiais, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico, histórico-cultural e estético);
  • Construir-se num processo contínuo e permanente, iniciando na escola infantil e continuando através de todas as fases do ensino formal e não formal;
  • Empregar o enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, para que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;
  • Examinar as principais questões ambientais em escala pessoal, local, nacional, regional, internacional, de modo que os educandos tomem conhecimento das condições ambientais de outras regiões geográficas;
  • Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, tendo em conta também a perspectiva histórica;
  • Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e internacional, para prevenir e resolver os problemas ambientais;
  • Considerar, de maneira clara, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e crescimento;
  • Fazer com que os alunos participem na organização de suas experiências de aprendizagem, proporcionando-lhes oportunidade de tomar decisões e de acatar suas conseqüências;
  • Estabelecer uma relação para os alunos de todas as idades, entre a sensibilização pelo ambiente, a aquisição de conhecimentos, a capacidade de resolver problemas e o esclarecimento dos valores, insistindo especialmente em sensibilizar os mais jovens sobre os problemas ambientais existentes em sua própria comunidade;
  • Contribuir para que os alunos descubram os efeitos e as causas reais dos problemas ambientais;
  • Salientar a complexidade dos problemas ambientais e, consequentemente a necessidade de desenvolver o sentido crítico e as aptidões necessárias para resolvê-los;
  • Utilizar diferentes ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, privilegiando as atividades práticas e as experiências pessoais.

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